quinta-feira, 2 de junho de 2011

morte lenta

Eis-me aqui novamente, no meu momento de reconhecimento. Onde confirmo que a minha escolha e todo meu investimento fora em vão. Apostara tudo que sou em ti. Quase recolhida a minha insignificância assumo, é um facto algo inquestionável, ainda assim, e estranhamente, a minha necessidade de ti ressurge impertubável. Sei bem no meu âmago que não é falta de coragem para arriscar outros abraços mais seguros, mais leais, é mais avalassador do que isso, colossal mesmo, que impede-me de ver outros caminhos senão o teu.

Continuo a precisar- te com a mesma ânsia de antes.

Mesmo cultivando o meu desprezo por ti.

Uma parte de mim, como que a seguir um método, chama-te.

E quando estou sozinha, nos encontros comigo, em silêncio, penso no tempo, adianto horas, empurro segundos, só para saber se ainda terei náuseas, essa dor física ao lembrar-me dessa impotência diante deste sentimento. penso.

Enquanto permanecer assim vou-te magoando a ver se vivo.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Sem ti eu sou uma casa e não um lar...Volta

Nunca acreditei muito na teoria de que o Homem tenha pisado a lua, se assim tivesse sido, sei que por essas alturas, com os avanços tecnológicos que se operaram desde 69, todos nós tivéssemos lá um pedaço de lua.

Mas hoje, enquanto pensava nisso imaginei que se tivesse que provar meu amor por ti eu seria de certo a primeira mulher a atravessar e comprar aquele pedaço de lua. Iria...Ainda que isso só me desse a garantia de que voltarias olhar para mim. Ia.

E só para que me voltasses olhar, com aquele teu olhar húmido e cheio de calor.
Creio que essa é mais daquelas impossibilidades possíveis do amor.