quarta-feira, 17 de abril de 2013

Devia ser como num flashfoward

Hoje, sem qualquer razão ocorreste-me tu. E foi uma ocorrência digna de realce. Diria até que foi como se involuntariamente se tivesse activado um compartimento só teu na minha memória. Aquela memória poética plena de detalhes, cheiros, sensações...
 
Se agora quisesse, criaria aquele enredo, constituiria o cenário e contaria a quem quer que fosse como se aquele momento estivesse a ocorrer em tempo real. Não me esqueceria das cores e tão pouco da toalha tua, que ousou escorregar na insistência de teu corpo mostrar-se para mim. Lembras-te de como eu achava a tua beleza arrogante? Se impunha tanto.
 
Lembro-me de nós em cámara lenta, como que a permitir-me reviver aquele instante com todos os sentidos. E sinto.
 
E parada aqui, imersa nesse turbilhão imagino se ontem pudesse ser amanhã.