quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Calo-me

Encontro-me numa situação em que falar-te é arriscado, sob pena de por mais bela que seja a palavra, por mais belo que seja o elogio, não corresponder a verdade, pois o mais belo dos elogios será mera palavra, ínfima, mal empregue e sem significado, será uma palavra com culpa de ser incompleta.
Encontro-me na situação em que o silêncio é a homenagem perfeita para o elogio ideal e sem igual, um elogio mudo e tão alto que o surdo perceba e diga: sim este homem ama!
O silêncio é tão expressivo, fico rouco de tanto falar-te em silêncio, e agrada-me perder a voz neste exercicío de silêncio que grita mudo.
Encontro-me numa situação em que culpo a primeira pessoa que disse: Tudo foi dito!
Porque ainda há muito por ser dito quando se fala de ti...pois garanto que o dia em que inventarem palavras que te falem...A humanidade terá um assunto tão eterno quanto o tempo.

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