quarta-feira, 28 de março de 2012

Transmitir amor?

E se ao invés de transmitirmos doenças fossêmos capazes de transmitir amor? Se fosse possível transmitir emoções e contagiar o próximo?



Fatalmente os vírus, as bactérias, os fungos, os bacílos sem carecer de correspondência ou negociação se instalam no alvo mais próximo. Impreterívelmente as paixões, tal como os amores precisam de aprovação, da correspondência e irremediávelmente da aceitação do outro.



Parece-me de todo irracional o facto de ter que se negociar afectos e no entanto sermos apanhados de chofre por um vírus só porque respiramos o mesmo ar que outrem. Soa-me completamente promíscuo molharmos os pés e sermos apanhados por uma porrada de fungos...



Seria bem mais equilibrado viver em lugar em que se transmitissem emoções, paixões e amores. Onde fosse impossível amores não correspondidos. Esse LUGAR seria decerto a minha versão de PARAISO.

Já não importa mais!

Enquanto sinto insisto-me. Quase que presenteio diariamente quem amo com minhas fraquezas, inseguranças, meus medos, meus risos...Esse estado de persistência dura até a desistência. Depois já não sinto minhas emoções, fica um eco de ondas onde só há faltas. Falta a fraqueza, a insegurança, o medo, o riso...sobram faltas. Apercebo-me então que deixei de importar-me. A esse ponto não há nadas ou tudos que se façam. Já não me importa mais.