segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

G


Hoje, Pensei em mim no passado. Recuado. Longíquo. Queria encontrar-me comigo na minha primeira infância, aquele momento que eu tive noção de mim...E estranhamente, desse período só recordo-me a breves trechos de cheiros. Aqueles cheiros que de tão presentes colocam-nos numa época específica daquele lugar e não outro. Esse passado invade-me algumas vezes.
 
Entretanto, o passado que se insiste é aquele que traça um marco do depois de ti. Esse é o passado que impregna todos os meus sentidos. Penso nele e sinto aquilo que vivi naquele instante com a precisão de uma gravadora, como se fossem pequenas eternidades que se vão rebobinando ao meu belo prazer.
 
Tu difinitiva e irreversivelmente

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Poderia ser sim....outra vez

Amaria entregar minhas vontades e desejos numa tarde qualquer ou madrugada vestida pelo luar e nos despidos do preconceito da nossa nudez…
Queria novamente beijar teus beijos, aqueles beijos intermináveis que só posso encontrar nos teus lábios e de mais ninguém..repito..mais ninguém…
E na dança de nosso corpo, trançar amores, molhar nosso suor com nosso bafo ofegante, onde a suavidade da tua pele se confunde com a perfeição da seda que teima em nos cobrir…
Entregar-me louco, não pertencer a nenhum momento e só obedecer os comandos daquele beijo doce com autoridade de general….
Teu toque meu leme, tu minha gueixa e eu Zé ninguém se não teu, deixar meu corpo navegar em sensações mansas, e já anestesiado pelo teu toque, deixar-te rasgar meu peito em segredo..viver o momento na medida que me roubas o coração ..
E naquele silêncio cúmplice do nosso momento, compôr uma canção de amor onde troco versos e apago estrofes, brilham luzes ou são teus olhos já não sei……
E eu, dono da contra mão, avanço parado onde me seguras com aquele beijo que desenhaste nos meus lábios, és artista ou mulher não sei..gosto das duas em ti…
Olá, como vais tu?

Sim, hoje fiquei orgulhosa da tua saudade retratada em cada letra que teclaste. Só não me permiti mais, porque preferia reconhecer aquele sentimento nos contornos de caligrafia tua. Sempre amei cartas manuscritas. Elas tem tanto da pessoa, que conseguimos sentir as emoções daquele momento em particular que a nossa pessoa nos escreve. Desculpa a ousadia, ocorre-me vezes sem conta pensar-te como a minha pessoa, ou se calhar, a pessoa.

Ainda sem esses detalhes, conseguiste despertar todo meu afecto e toda minha curiosidade afectiva. Digo, curiosidade porque por mais que me esforce, a curva ou os contornos do teu corpo recuam longe na minha memória. Certo que, estão prenhes na memória da minha pele, mas precisava tocar novamente ainda que fosse só para abrir-me os poros. E aceito, esse programa que pode ser ao luar, ou ao sol ...até porque os elementos essenciais, de longe são esses corpos celestes. Somos nós. E nós já concordamos.

Sempre goste de ler-te. Eleva-me a alma e faz-me acreditar em superações.

E, vou muito bem. Apesar de ser toda saudade.

E tu, meu,

como vais?
 

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

DaS coisas que...

Nunca tinha-o visto naquela perspectiva.
 
Talvez porque tivesse criado uma ideia confortável que se acomodasse ao perfil da minha pessoa, a aquela pessoa que fosse ocupar toda minha vida. Talvez...Conjecturas, que no entanto em nada minimizam ou afastam a precariedade daquela imagem quase vulgar que eu nunca conheci e que sem qualquer tipo de preparação fui forçada a aceitar.
 
Agrediu-me de forma colossal aquela imagem. Tal como se fosse um espetar de agulhas mesmo no meio da retina. Era de uma violência sem precedentes.
 
Estava definitivamente longe da minha zona de conforto! Tudo que via naquele momento, se me apresentava grosseiramente novo. Esclareço contudo, que para um simples mortal  comparar aquele comportamento a violência seria como que crucificar um cristo, até porque  aos olhos do mundo o que ele ali fizera era normal.