quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

DaS coisas que...

Nunca tinha-o visto naquela perspectiva.
 
Talvez porque tivesse criado uma ideia confortável que se acomodasse ao perfil da minha pessoa, a aquela pessoa que fosse ocupar toda minha vida. Talvez...Conjecturas, que no entanto em nada minimizam ou afastam a precariedade daquela imagem quase vulgar que eu nunca conheci e que sem qualquer tipo de preparação fui forçada a aceitar.
 
Agrediu-me de forma colossal aquela imagem. Tal como se fosse um espetar de agulhas mesmo no meio da retina. Era de uma violência sem precedentes.
 
Estava definitivamente longe da minha zona de conforto! Tudo que via naquele momento, se me apresentava grosseiramente novo. Esclareço contudo, que para um simples mortal  comparar aquele comportamento a violência seria como que crucificar um cristo, até porque  aos olhos do mundo o que ele ali fizera era normal.

Nao era para mim.
 
Eu nunca conheci aquela pessoa. A pessoa por quem me apaixonei era a EXCEPÇÃO à regra que o mundo está habituado. E eu amava-a por isso. Explico, a minha pessoa era diferente através da semelhança com os outros e não um indivíduo que força aos outros que o notem. Aquela diferença que até um tolo podia notar, eu abominava e não quero aceitar.
 
Só naquele momento, ainda que incrédula, soube que o que eu vira até então era uma criação minha. A imagem do homem que almejei. Soube...

Sem comentários:

Enviar um comentário