segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

Desconstrução

Enquanto não acontece  reduzirem-te a insignificância  não te dás conta de ti. Agora, neste preciso instante poderia ouvir cada pulsar do mais minúsculo músculo que compõe-me o corpo, insistia em contar cada batimento do meu coração só para aceitar-me presente, sim, eu sabia que estava ali, mesmo sendo esse misto de sensações ou "descontrolos"...
Era um ir e vir de pensamentos iguais e continuos como se a implorarem atenção imediata, como se cada nova tentativa de solução para o esquecimento se reavivasse a lembrança da irrelevância minha na tua história.
Admito que sequer posso falar de lembrança nesse contexto que tudo que sou remete-me a ti, se calhar num processo normal de esquecimento onde cultivar mágoa reforça a inutilidade de ti na minha vida.
Recorro à este processo doloroso e sigo permitindo que cada dor se instale e se desinstale por si própria ate que doer não seja o mecanismo de eu encarar-te. 

É UM PROCESSO DE DESCARREGO ESSE DE

superar quem te promete o mundo e simplesmente sai de cena no momento que é posto a prova sobre a relevância que tens na vida dele.


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