quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Odor

Ontem tive uma noite deliciosa! Que me lembrou de certo modo a minha infância. Foi uma noite repleta de sentimentos inteiros, cheiros coloridos, vozes aveludadas. Não sei se alguém entende a sensação de estar num lugar e ser apanhado de chofre pelo cheiro de outro lugar. Cheiro da minha infância, cheiro de terra molhada. Amo esse cheiro.

E era tudo tão claro, de uma nitidez absurda, completamente disconcertante. A dado passo, pensei que fosse ver minha mãe, ali, comigo, junto. Não preciso dizer que não vi, pois não? Mas em termos de sentidos, o alfacto foi melhor que a visão. Afagou-me a alma e sem dúvida permanecerá na memória da minha pele aquele momento.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Serei sem ti?

O meu olhar era apenas o reflexo do meu desejo que já não é secreto, quero cada detalhe do teu corpo junto ao meu...quero que oiças meus pensamentos dentro de ti...quero viver onde existes.

Secreções partilhadas

Plenitude é estares em mim, envolto nos meus tecidos mais ocultos, mais secretos e saires coberto de odores e húmidades, da mais absoluta intimidade...levares-me contigo, sem sequer cogitares a possibilidade de te lavares. Ficas o dia todo comigo em ti, depois de teres-te deixado em mim. Como é sublime isso!!!

Meu Ciúme

O meu ciúme não se associa a perder-te, mas ao momento em que não estou presente e queria ter a forma de tudo que rodeia a pessoa que amo, o ciúme é uma espécie de nirvana da saudade, uma eminente erupção de vontades que são retraídas pela ausência, o vazio é grande, a escuridão é imensa, o ar falta, de tontura em tontura vamos trocando passo, mas isso...não porque te posso perder...isso meu amor...porque nao estas comigo...ciúmes sinto até da cadeira que recebe o teu rabo de forma tão delicada, sentindo as tuas formas de baixo em silencio...percebes meu amor? O ciúme, percebes?

Forças a fraqueza

Andei ausente. Foi um período de exercicio do perdão. Superei-me, arrisco-me a dizer que atingi o nirvana e soube que era capaz de sentimentos nobres, plenos...Gosto da nova mulher que descobri haver em mim.

Apercebi-me que existem coisas que doem muito, que ferem a nível da náusea, mas que no entanto, não nos matam e só fortificam-nos. Fazem-nos redescobrir a criança em nós ou a maturidade que pensavamos não ter.

Há coisas que ficaram assentes na minha dor, estão na memória da minha pele, entendi o amor na sua real dimensão, aquele que perdoa tudo apesar de doer. Soube que nós amamos apesar de qualquer coisa. Simplesmente amamos.

Magoamo-nos é verdade, mas se amamos de verdade e com verdade também sabemos que o amor não acaba porque nos magoaram, ou porque erraram connosco, o amor simplesmente acaba quando acaba o amor, isso acontece não quando queremos, e sim ao seu momento. O que é importante é sempre sermos honestos com nossos sentimentos. Permanecer firmes nesse desiderato.

Aprendi a força do amor com o amor. Entendi alguns filmes indianos e até percebi o propósito de Nicolas sparks...É.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Dias maus, quem não os tem?

Tive o meu.

Um dos piores, tenho aquela esperança sem fé que acordarei amanhã sem memória do dia 03 de Maio. Odiei esse dia. Transformou-me.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Lembras-te

Hoje queria que me visses vestido meu amor, lindo, vesti aquele primeiro beijo, lembras-te? Aquele da cor do amor, prateado do luar...Sim meu anjo, aquele que eu tinha a intenção de roubar e tu deste-me de um trago só, lembras-te já? Hoje queria que me visses, orgulhoso na avenida lá vou eu, de passo à passo exibindo o beijo que deste-me, e que eu queria roubar...da minha boca transborda um sorriso, lindo como o pôr-do-sol que vejo nos teus olhos, meu amor, hoje vesti aquele beijo...Sou o rei da avenida, hoje sou moda, meu amor, hoje vesti aquele beijo, lembras-te?

Caso-me

A distância trança saudades a medida que o amor me entrega a linha para garantir o bordado que se faz no meu coração de seda purificada por saudades tuas, sei-me teu a medida que o tempo tece amores que baixinho me gritam...casa-te com ela...e em silêncio eu aceito e confesso-me aos Deuses, de facto, amo-te

Ausencia

Ausência? Nunca. Construo silêncios em que prendo, em que me recolho e te recordo, em que te reconheço meu na lembrança do teu beijo beijado comigo, em que te alcanço no perfume que o ar me traz que se faz teu, aliás, tão teu, pessoalizado, inconfundível.

Silêncio meu amor, não, partilhas separadas em que nos encontramos amiúde. Amo-te nesssa ausência presente em que o constante é o meu pensamento de ti.

Ousadia de Deus

Tua existência é uma afronta aos Deuses, és bela... e eu adoro-te

quarta-feira, 24 de março de 2010

Mudo

Sei-te no silêncio que me diriges, nunca a ausência de palavras foi tão completa em versos mudos, quero que saibas que te oiço rouco no silêncio.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Calo-me

Encontro-me numa situação em que falar-te é arriscado, sob pena de por mais bela que seja a palavra, por mais belo que seja o elogio, não corresponder a verdade, pois o mais belo dos elogios será mera palavra, ínfima, mal empregue e sem significado, será uma palavra com culpa de ser incompleta.
Encontro-me na situação em que o silêncio é a homenagem perfeita para o elogio ideal e sem igual, um elogio mudo e tão alto que o surdo perceba e diga: sim este homem ama!
O silêncio é tão expressivo, fico rouco de tanto falar-te em silêncio, e agrada-me perder a voz neste exercicío de silêncio que grita mudo.
Encontro-me numa situação em que culpo a primeira pessoa que disse: Tudo foi dito!
Porque ainda há muito por ser dito quando se fala de ti...pois garanto que o dia em que inventarem palavras que te falem...A humanidade terá um assunto tão eterno quanto o tempo.

E depois...Tu

Quem és tu?
Fazes-me tão bem, fazes-me gostar-te sem reservas, fazes-me saber que sou uma fonte inesgotável de sentimentos que são para ti, as vezes tenho a sensação de que a minha vida foi uma estação e eu na sala de espera, onde me entretinha com amores inexistentes, felicidades postiças, com dias descartáveis, enquanto não chegava o comboio que te trazia, não sei quanto tempo levou tua viagem ao meu encontro, mas sei que foi a espera mais prazeirosa que já tive...se demoraste ou não, não sei...sei que chegaste, e esperaria mil anos, porque mil anos de espera seriam apenas um detalhe, no eterno abraço de um minuto que iamos dar...também não me importa quem és...o que importa é quem eu sou...TODO TEU.

Perdido de amores

Saber que não te faço feliz meu amor, não me permite ter inspiração para falar-te...
Ainda assim sei que te amo, e isso inspira-me a viver...
Sei também que te faltei...calei o amor existente dentro de mim, remeti-o a mim mesmo, conservei-o, ao invés de exterioriza-lo e dizer simplesmente eu te amo...porque sim te amo
Perdoe-me o amor existente, mas ausente...ausente mas teu, indiscutivelmente.
Só perdi-me na vontade de querer-te com urgência, quando na verdade, urgente é o amor que é preciso dar-te...
Não me reconheço em muitas atitudes e nem me encontro nelas...mas também algumas delas surgem pelo facto de amar-te incondicionalmente e poder estar contigo condicionalmente...e imaginar que não é na minha cama que vais dormir mata-me, confesso que ultimamente tenho morrido de várias formas, sei que eu posso mudar essa situação... E vou mudar... não estava preparado para amar assim...devia haver um trainning, onde no certificado viria: Agora estas tramado porque vais amar de verdade e serás feliz.
Pequei porque quis ser perfeito, porque tu és a perfeição em forma humana , eu plagiador de Sandra, não me dei bem...
Voltarei a ser o imperfeito cheio de amor perfeito para dar...a uma sandra, dona da coroa universal...
Quero ser poeta e escrever para ti versos teus, escrever teu corpo em amor, escrever-te com a responsabilidade que Leónidas conduziu os 300...onde a victória não foi vencer, mas, morrer com honra...
Quero traduzir-te em versos de amor...ou não, serão para ti e falarão de ti como se fosses a própria Roma...
Eu amo-te e quero-te hoje mais do que sempre....Amanhã será pior...Ama-me

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

sangra


Será que o amor vale tanta lagríma e tristeza? Será o amor, a tristeza disfarçada no abraço dado e no desejo escondido por debaixo da pele? Será? Só queria uma resposta para tanta dor, num amor que é maior que a minha existência...porquê amo-te assim? Porquê?

copiosamente



Ainda que viva uma quantidade copiosa de vidas, ao lado de quem quer que seja, de uma coisa posso garantir-te ab initio, a única que valeu a pena viver foi a que partilhei contigo. Hoje foi um daqueles momentos de confirmação. Soube que és o amor da minha existência. Amo-te sim.

Rebolar


Noíte em claro...onde as minha palpébras teimavam em não cansar, exibindo o escuro do meu quarto como a única visão clara que se pode ter, numa noite em que se pede sono eterno, a dor é inimiga da alma...de cara inchada, e no meio da dor...espero que amanhã tenhamos um dia melhor.

Esperança sem fé


Sei que é amor


porque será que continuo sem dormir nessa espera ansiosa que é tão solitário, que mais se assemelha ao já esta tudo tão acabado? percebo o buraco que é o sentimento não correspondido, faz eco, ainda assim permaneço tão apaixonada como se não houvesse nada mais que se podesse fazer. Alguém pode dizer-me a cura disto? Não peço uma saída facíl.


Só sei que a cada vez que tento sair continuo na vontade de permanecer inerte, como que presa a esperança sem fé de que em algum momento se vai operar a telepatia e aí ele volte a olhar para mim com olhos de ver.


Neste momento em que eu não vejo senso nenhum no que digo, queria apenas olhar-me nos olhos dele e guardar lá a minha imagem para que me sentisse em algum momento e fosse forçado a perceber que estou diariamente a espera.

Rendido


Quando um sorriso meu é condicionado pela existência de um ser, resta apenas dizer-lhe amo-te...quando em minhas veias corre o amor que rega meu coração que só bate por ele...sei que estou docemente apaixonado por este ser...e quando todas as palavras que me saem da boca e as que oiço, soam seu nome...sei que vivo por ele. tu és esse ser.

Experiência


Pensei-te. E queria que soubesses por mim o que logrou essa experiência. Procurei palavras certas para falar-te desse sentimento tão sublime. Socorri-me de uma: perfeição, a única capaz de fazer-te justiça em peso e medida. Tentei sem sucesso qualificar-te, tentei fazê-lo sem diminuir-te ou acrescer-te seja o que fosse. não consegui alcançar tal proeza, só sei que no meu pensamento, tu és o princípio, o sentido, o fim... a razão...A minha razão de tudo.

Romeu e Julieta


Romeu não amou Julieta, apenas ensaiou nossa história numa época em que os magos previam a nossa, só que com um final feliz.

sei


Tento sem sucesso, de longe, sem olhar e sem tocar gritar-te o meu afecto, chego a berrar. Consola-me apenas o facto de ter a certeza que no meio deste silêncio abafado, oco, vazio em que não me ouves rodeia-te a convicção de que sempre, esteja onde estiver consome-me o amor que te tenho. sei que me sabes de cor meu amor.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Fiquei


Eu sou o viajante da saudade...Dei o eterno abraço de quem vai e recebi também, agasalhei-me nesse abraço, parti sem sair do lugar, uma viagem longa cujo consolo eram estações de lembranças cheias de recordações nossas, onde eu vi o beijo dado do nada numa rua embelezada de nós dois, onde percebi que adeus pode significar leva-me. sou o passageiro que não fica em nenhuma estação, delas levo apenas souvenir d'amor, eu cujo destino é o meu ponto de partida...Desço na estação de trem de onde nunca sai...donde parti e permaneci num abraço...Onde o único adeus eu disse ao trem que partiu, pois na verdade quem partiu foi a estação de embarque...Eu, meu amor, fiquei

olhar-me nos teus olhos




Incrível, hoje olhei-te ao espelho...sim, olhei-te. Já me explico meu anjo querubim...Olhei-me ao espelho e foi a tua imagem que vi reflectida, eu, traído por minha vontade de ver-te, minha vista como que por ilusionismo, desenhou-te, alegrei-me por essa traição, e peço-te, HIPTONIZE-ME, só quero pensar em ti, morrer nesse amor...E ressuscitar no teu sopro...Meu querubim

Saudades outra vez



O amor explica o perdão, a paciência, o desejo...enfim, ele explica essas merdas todas, só não me explica a porra da doce saudade e vontade que eu tenho de estar contigo...céus.

ferida


Tive dias de tortura. Percebi que há aquela ausência que é mesmo ausente. Fez-me falta a minha mãe. Mas porque essa ausência se assemelha a morte, porque definitiva.