Como era possível que ele questionasse toda nossa história só porque eu me tinha encantado com um certo rapaz? Em que momento um problema conjuntural abalava toda a estrutura? Ainda hoje pergunto-me, como era possível ele não ter notado que foi daquele encantamento que reafirmei todo meu amor por ele.
Não é que eu minimize o encantamento, a questão é que engrandeço demasiado o amor para permitir-me perder na fugacidade de uma paixão. As paixões servem para confirmar o amor, nunca para questioná-lo. O amor é tão maior que não se dobra a obstáculos. Resiste sempre se é amor.
Ele sempre fora o cerne da minha história apesar das minhas distracções. Isso, distracções. Não digo aqui que as paixões não fossem importantes, são-no na maior parte das vezes, o que digo e insisto é que o definitivo e o irrefutável era o meu amor por ele.
Na verdade, eu acredito que não existam pessoas totalmente fiéis. A fidelidade exige uma atitude endeusada, e nós não passamos de homens, ainda que tentemos ser correctos, não atingiremos nunca a perfeição, mas é no meio das nossas imperfeições que o amor se revela. E se formos capazes de encontrar esse amor, então não haverá paixão que o faça curvar.
Aprendi com o passar dos anos que o que se deve pedir a um ser semelhante é única e exclusivamente a lealdade.
Soube a muito custo que não era só pelos actos que se poderia ser infiel, mas até pelas omissões. As vezes sem mais nem porque sou impregnada brutalmente com o cheiro de um estranho pela rua, então penso, porque é que um perfeito desconhecido causou todo esse alvoroço em mim? E se ele voltasse e me olhasse? Sei lá. Trair é tão quotidiano que chega a doer.
Quem é que nunca desejou ser tocada por aquele galã de cinema?
Pois...
Aprendi a exigir só o que posso dar.
Quem é que nunca desejou ser tocada por aquele galã de cinema?
Pois...
Aprendi a exigir só o que posso dar.
I like it....
ResponderEliminarI am Speechless