Ontem a caminho de casa, contemplei uma lua linda. Ainda agora tentava lembrar de algo que lograsse afastar a experiência que foi aquela visão. Continuo na tentativa. A imagem daquela lua está impressa na minha retina. E não posso retirá-la. Fecho os olhos e encontro-me com ela. Olho no olho, como se partilhássemos um momento só nosso e que ninguém mais pudesse ver. Tenho a imagem de uma lua só minha, em exclusivo. É uma sensação de estar a particularizá-la.
Quisera que todo mundo a tivesse visto assim imponente, minha, ou pelo menos, com os meus olhos. Sei que alguém a viu. E não foi qualquer pessoa, foi um admirador inquestionável desse corpo celeste. Sei que viu, tenho certeza que foi olhá-la naquele preciso instante do meu chamado. Em algum momento a contemplamos em conjunto, numa dimensão partilhada a uma certa distância.
Obrigada.
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