quarta-feira, 6 de abril de 2011

Só mais uma vez

Foi um momento elaborado ao pormenor. Quando chegou a hora do encontro, o mais esperado encontro, o meu corpo já estava preparado para receber-te que não houve tempo para saborearmos o vinho escolhido tão a propósito. Haviam urgências a serem sanadas. Não podia dar-me ao luxo de outros gostos antes do teu, era a ti que queria saborear, comer...e tinha fome. Muita...

Tinha que me livrar da roupa, fí-lo sozinha, ultrapassei a delicadeza que se espera de uma dama, esperei sem paciência visualizar o teu corpo nu, era de uma beleza teu corpo nu, até soava a arrogância tê-lo sempre coberto. A expectativa de teu corpo nu, driblou o frio que havia naquele quarto...preparado com uma precisão matemática. Sim, havia ao detalhe tudo que era necessário para que a nossa fusão se operasse.

Estavas finalmente nu e eu completa e definitavamente molhada, eram cheiros que se intensificavam na mistura de secreções e exaltações de presenças. Mais parecíamos estar na arena, nós, gladiadores do amor, aquela fome, aquela vontade...Nós. Era um misto de força e delicadeza.

Podia até ser que se resumisse a sexo aquele momento, sem promessas de repetição. O que permanece no entanto, é o que senti e que guardo, ainda que não voltes.

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