Todas vezes que ele insistia em ir-se embora, aqueles olhos grudavam nele. Aqueles olhos húmidos, quase de apelo. Aqueles olhos de flashback. Ai, quando ele se recordava da história deles, permanecia imóvel. E não era porque ele tivesse algo a acrescer aqueles minutos que tinham o peso brutal da decisão. permanecia ali, impávido e sereno. Nunca tivera coragem para enfrentar o depois deles dois.
Pensava
E se se arrependessem no futuro ou no minuto seguinte,
E se conseguissem viver um sem o outro, isso era o que mais doía..sangrava...era uma dor física, assim como um murro na boca do estômago...
Sim doía...custava imaginarem-se nos braços e abraços de outras vidas, outras pessoas...outras...Como poderiam conceber uma outra história para além da deles e ainda por cima associada a eles? Como reduziriam aquelas promessas todas? Como?
Desistir era um fardo demasiado pesado para carregar. Então ficavam com a promessa de mais amor enquanto o amor existisse. Afinal, sobravam tantos sentimentos! Então, ficariam por mais essa eternidade enquanto o amor durasse.
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